As pessoas ao meu redor julgam-me por amar. Julgam-me por querer bem a quem odeiam. Julgam-me por sorrir àqueles que me fecham a cara. Julgam-me por tratar bem a quem um dia já me feriu. Julgam-me por não acreditar no que eles acreditam. Julgam-me por ser sincera e dizer aquilo que não queriam ouvir. Julgam-me por me dar bem enquanto estão se afundando em suas escolhas. Julgam-me por tentar. Julgam-me por ter errado. Julgam-me sem saber, julgam-me sem querer. Julgam-me pelo meu silêncio, julgam-me pelas minhas palavras. Julgam-me de julgá-los por julgarem. Julgam-me por não controlar o tempo e nem mesmo meus sentimentos. Julgam-me por não ser perfeita. Julgam-me por ser diferente.
Enfim, julgam-me por não ser aquilo que queriam que eu fosse: como eles, que julgam outros pelo simples fato de serem felizes da maneira que seguem suas vidas, independentemente daqueles que JULGAM.
(LUDMILA ZANIBONI)
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